Autorregulación e identidad profesional de los periodistas

El próximo viernes Joaquím Fidalgo defenderá la tesis doctoral “O lugar da ética e da auto-regulação na identidade profissional dos jornalistas” en la Universidad de Minho, Portugal.

Nota de prensa:

Sob o título «O lugar da ética e da auto-regulação na identidade profissional dos jornalistas» o trabalho toma como ponto de partida o estudo de uma das figuras da auto-regulação do jornalismo, o Provedor do Leitor, avançando depois para a tentativa de inscrever este objecto de estudo em contextos mais latos que ajudem a compreendê-lo, não apenas em si mesmo, mas na sua relação mais global com as exigências do processo de informação mediática nas sociedades contemporâneas e com o papel específico que nele desempenham os jornalistas.

Assim, o provedor é analisado enquanto “caso exemplar” entre os mecanismos de auto-regulação dos media – ou seja, os processos voluntários de escrutínio e controlo da conduta dos meios de comunicação social. A auto-regulação, por sua vez, decorre do imperativo de ‘prestação de contas’ (ou accountability) de uma actividade com grande relevância e impacto sociais — um imperativo que, antes ou independentemente de preceitos legais, se associa a uma exigência ética, ou seja, àquilo que deve ser feito (e dos modos como deve ser feito) com vista a garantir certos princípios e valores, a respeitar os direitos de todos e a promover o bem comum, numa perspectiva de serviço à comunidade.
Tendo em conta o contexto actual do jornalismo – que se vê perante a necessidade de equacionar a sua relação com a auto-edição (por exemplo, os blogs, podcasts ou videocasts), com a edição colaborativa (wikis) e com a produção alternativa de informação (os espaços do chamado ‘jornalismo cidadão’) – o autor sugere uma reflexão aprofundada sobre o que é mais característico e diferenciador da actividade jornalística e da sua particular incidência social, emergindo neste contexto a centralidade de uma particular exigência ética e deontológica, ligada menos ao “quem faz o quê, onde e quando”, e mais ao “como” se trabalha a informação da actualidade, “porquê” e “para quê”. Ou seja, com uma particular atenção aos processos e comportamentos, bem como ao preenchimento do direito do público a uma informação completa, abrangente e rigorosa, e à inscrição deste labor numa lógica de serviço do interesse público, mais do que de quaisquer interesses pessoais ou particulares.
O Júri da prova será composto pelos Doutores Aníbal Augusto Alves (Universidade do Minho), Moisés de Lemos Martins (Universidade do Minho), Manuel Pinto (Universidade do Minho), Helena Sousa (Universidade do Minho), Xosé Lopez Garcia (Universidade de Santiago de Compostela) e Estrela Serrano (Escola Superior de Comunicação Social).

Vía | Luis Santos